Coleção da família Leuenroth vai a leilão nos dias 4 e 5 de julho de 2018

A DARGENT LEILÕES faz o seu terceiro leilão da temporada 2018: COLEÇÃO DA FAMÍLIA LEUENROTH. O acervo é variado, vasto e expressivo mas acima de tudo é a coleção amealhada em uma vida por um casal cúmplice nas artes do colecionismo. Há peças de família, herdadas inclusive por um tronco que remonta ao Visconde de Rio Claro e ao Barão de Jaguarão, mas a maior parte é fruto da garimpagem meticulosa e criteriosa do casal.

O leilão acontece nos dias 4 e 5 de julho de 2018 às 20h e será presencial e online (Campinas, SP).

Selecionamos algumas peças de destaque para você! Mas não deixe de acessar o site da galeria, verificar e dar o lance nas suas peças preferidas.

RARO Menino Jesus de camilha (ou adormecido) EM MARFIM, de formas roliças, VERTENTE INDO PORTUGUESA. O Menino APRESENTA uma anatomia mais juvenil do que infantil, de vulto pleno, está adormecido, ligeiramente inclinado sobre o seu lado direito, com gestos delicados e expressão serena, sugerindo representação budista.

Veja mais destaques deste leilão

GRANDE TURIBULO EM PRATA DE LEI DECORADO COM FOLHAS DE ACANTO E FLORES. ARREMATES COM GOMADOS. BRASIL, SEC. XIX. 33 CM DE ALTURA (DESCONSIDERANDO-SE O TAMANHO DAS CORRENTES). NOTA: O uso do incenso é antiquíssimo, anterior à própria vinda de Cristo. As primeiras menções ao seu uso provavelmente vem dos egípcios, no III milênio A.C. Seu uso sempre foi relacionado à aromatização e purificação do ambiente e a uma oferta de odor agradável à divindade.

DOM JOÃO VI – SERVIÇO DOS PAVÕES excepcional GRANDE E RARO MEDALHÃO EM porcelana com esmaltes do reinado Qianlong. Feitio FEITIO CIRCULAR. Pertenceu ao serviço do Rei Dom João VI. China, meados do sec. XVIII. 38 cm de diâmetro. NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal.

CIA DAS INDIAS LINDA TRAVESSA EM PORCELANA CIA DA INDIAS COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA, REINADO QIANLONG (1736-1795). FEITIO OITAVADO. LINDA DECORAÇÃO COM ELEMENTOS FLORAIS NA BORDA E NA CALDEIRA GRANDE BRASÃO EUROPEU COM ESCUDO AQUARTELADO QUADRIPARTIDO COMPOSTO POR TRES GAMOS, DOIS LOBOS E CRUZES LATINAS. O BRASÃO ESTÁ EMOLDURADO POR FLORES E É REMATADO EM OURO. SOB A BASE O LEMA DESTRA NARARO SE. NA EXTREMIDADE FRISO EM EURO COM GREGA. PEÇA DIGNA DE MUSEU! CHINA, SEC. XVIII. 36,5 CM DE LARGURA

MONUMENTAL ICONE VIRGEM THEOTOKOS deUnburnt Bush (mãe de deus e a sarça não queimada). o icone está presente na igreja da sarça não queimada perto do campo de dievichiago. é um ícone complexo e rico em simbologia.

PRECIOSO CRISTO CRUCIFADO EM MARFIM DE VERTENTE INDO PORTUGUESA ESTILO E ÉPOCA DOM JOÃO V COM CRUZ EM MADEIRA EXPLENDOROSAMENTE ADORNADA EM PRATA DE LEI COM ARREMATES EM VERMEIL. CRISTO DE EXCEPCIONAL FATURA, COM BELO ROSTO, E DETALHES MORFOLÓGICOS PRIMOROSAMENTE ENTALHADOS. SENDAL ELABORADO. CRAVOS EM PRATA COM VERMEIL. A CRUZ É GUARNECIDA POR RICA PRATARIA.

MEISSEN SUNTUOSO CENTRO DE MESA EM PORCELANA DE MEISSEN COM DECORAÇÃO DE INSPIRAÇÃ EM PORCELANA DA COMPANHIA DAS INDIAS COM FLORES E RAMAGENS EM AZUL E VERMELHO REMATADAS EM OURO. PEGA DA TAMPA COM FEITIO DE COROA. ALÇAS LATERAIS SE PROJETAM PERPENDICULARMENTE E NA INCERSÃO COM A PEÇA SÃO DECORADAS COM CABEÇAS DE CARNEIRO

NOSSA SENHORA ENTREGA O ROSÁRIO A SÃO DOMINGOS E AO Bem-aventurado Alano de La Roche. BELA PINTURA CUZQUENHA SETECENTISTA. A VIRGEM SEGURA O MENINO JESUS EM UMA DAS MÃOS QUE OFERECE UMA CRUZ, DA OUTRA MÃO DA VIRGEM PENDE O ROSÁRIO QUE É OFERTADO A SÃO DOMINGOS QUE SEGURA LÍRIOS SÍMBOLO DA SUA PURESA E UMA ESTRELA NA FRONTE QUE É TAMBÉM SEU ATRIBUTO.

MAGNIFICENTE CÁLICE PURIFICATÓRIO DE PRATA REPUXADA E CINZELADA COM FUSTE E BASE EM VERMEIL COM PATENA TAMBÉM EM PRATA DE LEI. MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MINERVA. CORPO LISO COM BASE ARTISTICAMENTE DECORADA COM RICO RELEVO FORMANDO VOLUTAS COM MOTIVOS VEGETALISTAS. DISTRIBUIDOS AO LONGO DA BASE E DO FUSTE MUITOS CACHOS DE UVA E PARRAS EM RELEVO. NA INTERCEÇÃO DO FUSTE COM O COPO, TRÊS CABEÇAS DE ANJOS. 

Informações sobre o leilão

LEILAO DA COLEÇÃO FAMÍLIA LEUENROTH

Exposição

dias 29 de junho a 03 de julho de 2018 das 10 as 20 horas inclusive sabado e domingo

Leilão

dias 4 e 5 de julho as 20 horas

Informações Importantes

Leiloeiro

Marcelo Bridi – JUCESP Nº 986

Local

Em nossas instalações à Rua Barreto Leme. 1789, Bairro Cambuí, Campinas, SP. CEP 13091100

Um pouco de história

ANTONI STRADIVARI faleceu em 18 de dezembro de 1737 aos 93 anos. Durante 70 anos de atividade STRADIVARI fabricou cerca de 1100 violinos dos quais, pouco mais de 500 chegaram aos nossos dias. Os violinos fabricados por ele são conhecidos como STRADIVARIUS, versão latinizada do nome STRADIVARI.

Em 1775, anos após a morte do legendário Luthier os herdeiros se desfizeram de um violino que estava esquecido no atelier porque nunca havia sido vendido. O comprador foi o Conde Cozio de Salabue. O Conde formulou a hipótese de que Stradivari não vendeu o violino porque este havia sido sua criação mais perfeita e feliz com a aquisição do instrumento o levou consigo para seu castelo.

Luigi Tarisio, era um filho de camponês que vivia da venda de instrumentos antigos que garimpava em antigos monastérios e em residências senhoriais do interior da Itália. Quando soube da história do violino adquirido pelo Conde Cozio de Salabue, Tarizio o procurou e tentou compra-lo sem sucesso.

Por anos ele insistiu na tentativa de compra até que décadas mais tarde, em 1827, o Conde finalmente cedeu-lhe o instrumento.

Tarisio encantou-se de tal modo com o Violino que nunca o vendeu. Conta-se que ele acorrentou ao pé de sua cama de ferro uma caixa contendo o instrumento e lá o manteve até o dia de sua morte.

O violino tornou-se tamanha obsessão de Tarisio que era o seu tópico de discussão preferido. O antiquário Tarisio não cessava em gabar a natureza divina de seu Stradivarius e despertou em um de seus clientes, o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume, grande interesse pelo instrumento.

Como se pode imaginar o interesse foi debalde porque Tarisio nunca sequer o mostrou, o que levou o solista Delphim Alard, genro de Vuillaume a declarar: Seu violino é como O Messias dos Judeus, sempre ansiosamente aguardado mas nunca chega.

A partir daí este violino foi batizado com o nome de Messias. Anos mais tarde quando foi informado da morte de Tarisio em 1854 o luthier francês Jean-Baptiste Vuillaume foi a Itália e conseguiu comprar o violino tão cobiçado dos herdeiros. Vuillaume guardou o ‘Messias’ com cobiça, mantendo-o em uma caixa de vidro e não permitindo a ninguém examina-lo, no entanto, ele permitiu que ele fosse mostrado na Exposição de Instrumentos de 1872 no Museu South Kensington, e esta foi a sua primeira aparição na Inglaterra.

Vuillaume o manteve até sua morte. Daí surgiu uma outra lenda sobre o Messias, o encantamento que traz aos homens é tão grande que só a morte do proprietário antigo traria ao instrumento um novo proprietário. Depois da morte de Vuillaume em 1875, o violino tornou-se propriedade de suas duas filhas e depois de seu genro, o violinista Alard.

Depois da morte de Alard em 1888, seus herdeiros venderam o “Messias” em 1890 para WE Hill and Sons em nome de um sr. Crawford de Edimburgo por 2.600 libras esterlinas, naquela época a maior soma já paga por um violino “.

Após a morte do último proprietário o instrumento foi doado ao Ahshmolean Museum em Oxford no ano de 1936 com a condição de que este fosse mantido como um violino silencioso, sem ser tocado por ninguém para permitir sua preservação como instrumento intacto e intocado há trezentos anos.

E assim permanece. Essa história ilustra o poder do colecionador capaz de transmutar o objeto sob sua posse construindo-lhe uma verdadeira identidade e personificação. Os colecionadores de uma maneira geral tem o ímpeto de atribuir aos objetos de seu acervo a mítica de inigualáveis.

Os nossos são sempre os melhores, os mais bonitos, os mais raros (quando não os únicos). Sob os filtros dos olhos do colecionador, basta mostrar algum objeto similar ao da coleção para ouvir a sentença: É bonito mas o meu…. A casa de um colecionador é um templo, não é como pode parecer um ajuntamento de objetos é antes um repositório de saberes e de histórias de conquista das aquisições.

Desta forma a DARGENT LEILÕES respeitosamente tem a honra de apresentar o terceiro leilão da temporada 2018: COLEÇÃO DA FAMÍLIA LEUENROTH. O acervo é variado, vasto e expressivo mas acima de tudo é a coleção amealhada em uma vida por um casal cúmplice nas artes do colecionismo. Há peças de família, herdadas inclusive por um tronco que remonta ao Visconde de Rio Claro e ao Barão de Jaguarão, mas a maior parte é fruto da garimpagem meticulosa e criteriosa do casal.