D´Argent – Acervo de Descendentes dos Barões de Piracicaba – Novembro 2021

A D’argent Leilões faz um grande leilão do acervo de Descendentes dos Barões de Piracicaba : Herdeiros da Tradição Bandeirista de São Paulo, nos dias 29 e 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro de 2021 às 20:00 hrs.

São 732 lotes variados, com importantes quadros, móveis antigos e modernos, esculturas, pratarias, peças do período imperial, porcelanas, arte sacra e mais, confira !

Separamos abaixo alguns destaques que você pode conferir abaixo, clique nas imagens para ir diretamente a peça.

destaque - prata de lei - PHILLIP RUSSEL

PHILLIP RUSSEL OURIVES OFICIAL DO REI GEORGE IV (1820-1830) E AUTOR DAS JÓIAS DA COROAÇÃO DESSE MONARCA, UM DOS MAIORES OURIVES DO SEC. XIX NA INGLATERRA PRECIOSO WINE COOLER EM PRATA DE LEI COM VERMEIL. MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1822. UM MAJESTOSO EXEMPLO DA PRODUÇÃO DESSE FORMIDÁVEL OURIVES QUE PRIVOU DA CONFIANÇA E AGRADO DA FAMILIA REAL BRITANICA A ÉPOCA DE GEORGE IV. FOI SÓCIO DE POUL STORN OUTRO IMPORTANTE OURIVES INGLÊS. ESSE MUITO GRANDE WHINE COOLER ALÉM DE DIMENSÕES PALACIANAS TEM BELEZA E ELEGÂNCIA DE UMA PEÇA FEITA PARA REIS. POSSUI TAMPA REMOVIVEL QUE PERMITE SER UTILIZADO COMO ELEMENTO DECORATIVO DE DESTAQUE MESMO QUANDO NÃO É EMPREGADO NA FUNÇÃO PRIMORDIAL DE REFRESCADOR DE GARRAFAS. A TAMPA DA PEGA É EM FORMATO DE GRANDE PINHA. A BORDA, O PÉ E A BASE DO WHINE COOLER É DECORADA COM GODRONS. AO CENTRO UM BARRADO EM RELEVO COM CAPRICHADAS PARRAS E CACHOS DE UVA. ALÇAS LATERAIS. UMA DAS MAIS IMPOTANTES PEÇAS DE OURIVESSARIA JÁ APREGOADAS EM NOSSOS LEILÕES. VIDE UM WINE COOLER MUITO SEMELHANTE A ESSE , TAMBÉM VENDIDO POR PHILLIP RUSSEL NA ÉPOCA DE SUA PARCERIA COM PAUL STORN VENDIDO POR 23.500 LIBRAS ESTERLINAS ( R$ 188.000,00 APROXIMADAMENTE) EM https://www.waxantiques.com/georgian-silver-wine-cooler-by-paul-storr.html. TAMBÉM O WHINE COOLER DA CASA BRANCA, RESIDENCIA DOS PRESIDENTES DOS EUAA É UMA PRODUÇÃO DE PHILLIP RUSSEL VIDE EM : https://www.wikiwand.com/en/Philip_Rundell. NGLATERRA, 1822. 42 CM DE ALTURA. 3150 G.NOTA: Philip Russel naceu em Norton St. Phillip em Somerset em 1746, um dos filhos mais novos de um grande família, foi educado nas proximidades de Bath e em 1760 foi aprendiz do Sr. William Rogers, um eminente joalheiro e ourives daquela cidade. Depois de cumprir seu aprendizado, ele se mudou para Londres em 1769, onde foi apresentado a William Pickett (1736-1796), um ourives, que o contratou como ajudante. Depois de alguns anos em virtude do desgostode Pickett com a morte de uma filha, o antigo patrão ofereceu o negócio a Philip Russel que fez prosperar grandemente a empresa. Pouco depois, Rundell ofereceu uma parceria a John Bridge (1755-1834), que nasceu em Piddletrentshide, perto de Dorchester em Dorset, Filho de um próspero fazendeiro arrendatário e, como Rundell, um ex-aprendiz de William Rogers em Bath. A partir deste ponto, a empresa cresceu prosperamente e em 1797 comprou a firma de John Duval & Sons de Londres, até então joalheria do Rei George III. Em 1804, a empresa recebeu a posição de principais ourives e joalheiros reais, o que significa que a empresa recebeu o mandado de fornecer a coroa, joias, medalhas e insígnias da Coroação de George IV. Em 1813 estabeleceu uma parceria subsidiária com Paul Storr, um dos ourives mais talentosos do século XIX. Esta oficina continuou a operar até 1834, mas Storr deixou a sociedade em 1819 para estabelecer suas próprias oficinas na Grays Inn Road e mais tarde na Bond Street, após o que Rundell introduziu sua própria marca registrada. Agentes da Rundell’s operaram em toda a Europa e além – em Viena, São Petersburgo, Constantinopla, Alexandria, Bagdá e Calcutá – remessas de joias eram enviadas regularmente para a China. Eles tinham um grupo de artistas para fornecer designs e modelos para suas peças, incluindo John Flaxman (1755-1826), que em 1821 projetou a obra mais famosa da oficina, o Escudo de Aquiles, agora na Coleção Real dos monarcas ingleses. . A empresa também foi bem servida pelas conexões reais de John Bridge. Seu primo, outro John Bridge, foi fazendeiro em Winford Eagle em Dorset. Ele foi chamado para entreter o Rei George III, que estava em Weymouth com a família real, recuperando-se após sua primeira doença grave em 1788-89. Ele foi capaz de discutir métodos agrícolas modernos com o rei, que era apaixonado por agricultura. Na verdade o rei providenciou para que um rebanho de ovelhas fosse levado de sua fazenda para Dorset em Windsor. Como sinal de seu favor real. John Bridge, o fazendeiro, pediu ao rei que desse apoio real para negócios de seu primo em Ludgate Hill, e em seu retorno a Londres, o rei George mandou chamar John Bridge o joalheiro e o presenteou à rainha Charlotte e outros membros da família real. Seu trabalho agradou tanto a toda a família real que ele foi convidado a voltar. A partir desse ponto, John Bridge compareceu a corte praticamente todos os dias. A empresa floresceu ainda mais com Príncipe de Gales, mais tarde Príncipe regente e depois rei George IV, em particular, forneceram ao monarca uma enorme coleção de joias (O médico de George IV, Sir Henry Halford, acreditava que sua má circulação se devia ao peso de anéis e pulseiras em suas mãos e pulsos, ao invés de sua obesidade) e também om serviço real de jantar em prata de lei com cerca de 4000 peças. Ainda é o serviço de estado da Inglaterra usado nas ocasiões formais. As encomendas de George IV para joalheiros, particularmente Rundell’s, foram um aspecto importante de seu patrocínio às artes. Ele foi particularmente generoso em dar joias para o mulheres de sua vida – sua mãe, governanta, irmãs e cunhadas, filha e amigas. Ele também acumulou coleções para fins de exibição em suas casas em Carlton House, Windsor Castle, Brighton Pavilion e Buckingham Palace. O aumento do crescimento da empresa também acompanhou as políticas e fortunas econômicas da época. No final do décimo oitavo século houve uma enxurrada de emigrados fugindo para a Inglaterra da Revolução Francesa, que precisava vender seus jóias. Muitos joalheiros se recusaram a considerá-los, temendo que não haveria mercado para eles, mas Rundell’s comprou-os a preços baixos, separou-os e mandou-os remontar por uma equipe de operários e designers da empresa e depois os vendeu a preços altos.. Ironicamente, os anos das Guerras Napoleônicas foram um período da prosperidade econômica na Inglaterra e nas terras aristocracia gastou de forma visível e foi assertiva em seus exibição de riqueza. Além disso, os triunfos militares e navais foram recompensados com espadas de apresentação, medalhas, troféus e condecorações comemorativas. Com o benefício de suas conexões reais, Os Rundell’s estavam na crista de uma onda e foi durante o período da Regência que a empresa atingiu o auge de seu sucesso. A empresa também exibiu um novo senso de espetáculo e publicidade inteligente. Em 1807, o interior do loja em Ludgate Hill, originalmente uma casa urbana de quatro andares com fachada de tijolos, foi aberta para showrooms em dois andares, o que, por exemplo, permitiu que novos pedidos importantes para o Príncipe Regente fossem anunciados e exibidos. Durante a era georgiana, as janelas de vidro laminado substituíram os fundos de garrafa antigos, permitindo que os donos de lojas exibam seus produtos para atrair o público a suas lojas. Vitrines haviam se tornado o novo passatempo para todas as classes. Situada no eixo entre a cidade e o West End e na rota processional para a Catedral de Saint Paul, Ludgate Hill foi decorado para aniversários reais com iluminações e bandeiras A loja estava bem localizada para atender aos clientes, para quem as compras da moda eram uma fuga agradável da agitação ruas. A empresa revirou o mercado de joias e prata, de modo que foi impulsionada pela oferta, ao invés da demanda. Entretanto Philip Rundell sofria cada vez mais de problemas de saúde crônicos e, em setembro de 1823, aposentou-se do o negócio. Ludgate Hill era há muito tempo seu local de residência estabelecido, mas quando se retirou de lá, ele comprou uma casa em Crescent, New Bridge Street, Blackfriars. Em sua aposentadoria ele foi morar em um chalé no número 20 de South Bank, Regents Park, que pertencia a sua amante, a Sra. Elizabeth Wartridge, para estar mais perto de seus conselheiros médicos. Ele morreu lá em fevereiro de 1827 e ele está enterrado em um cofre no cemitério da igreja de St. Mary’s Hendon. Ao morrer, sua fortuna, fruto do trabalho de uma vida, foi uma das maiores já registradas na Grã Bretanha. Na relação de pessoas com maior riqueza registradas desde o ano de 1066 até o ano de 2007 alcançava a posição de numero 163. Legou sua fortuna ao sobrinho, JOSEPH NIELD, que ao morrer legou toda a fortuna para a RAINHA VITORIA. Ironicamente todo o patrimônio obtido a partir de suas conexões reais, foi deixando em testamento pelo herdeiro para a sobrinha neta do rei George IV que o guindou a posição de riqueza.

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Veja mais destaques

MARQUÊS DE TRES RIOS JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA. CADEIRA EM MADEIRA ENTALHADA COM INICIAS TR SOB COROA DE MARQUES APLICADOS SOB ESCUDO (O MESMO MONOGRAMA ADOTADO NA PORCELANA E CRISTAIS DO TITULAR). PERTENCEU A SALA DE VISITAS DO MARQUÊS DE TRÊS RIOS, JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA. EXEMPLAR DESSA MOBILIA ESTÁ REPRODUZIDA NA PAGINA 103 DO LIVRO CAMPINAS, MUNICIPIO NO IMPERIO POR CELSO MARIA DE MELLO PUPO. BELOS ENTALHES COM LAURÉIS E CONCHEADOS. DOTADA DE RODÍZIOS. ENCOSTO REMATADO POR PEROLADOS. DE FRANÇA, SEC. XIX. 98 X 58 X 50 CMNOTA: Joaquim Egídio de Sousa Aranha, primeiro e único barão, conde, visconde e marquês de Três Rios, (Campinas, 19 de março de 1821 São Paulo, 19 de maio de 1893) foi um proprietário rural, cafeicultor e político brasileiro. Em 1876, passou a residir em São Paulo. Membro proeminente do Partido Liberal, o qual chefiou, tendo sido eleito vereador à Câmara Municipal de Campinas, nos triênios de 1849 a 1852, 1857 a 1860 e 1873 a 1876, presidindo a edilidade nesta última legislatura. Eleito por diversas vezes deputado provincial por São Paulo, tendo ocupado a presidência da Província de São Paulo por três períodos, de 7 de dezembro de 1878 a 12 de fevereiro de 1879, de 4 de março a 7 de abril de 1881, e de 5 de novembro de 1881 a 7 de janeiro de 1882. Filho de Francisco Egídio de Sousa Aranha e de sua prima Maria Luzia de Sousa Aranha, viscondessa de Campinas, proprietários (por herança de Joaquim Aranha Barreto de Camargo) do Engenho e Fazenda Mato Dentro, antiga Sesmaria em Campinas. Irmão gêmeo do tenente-coronel José Egídio de Sousa Aranha (que foi casado em primeiras núpcias com Maria Luísa Pereira de Queirós, e em segundas, com Antonia Flora Pereira de Queirós e que recusou receber o título de barão de Campinas que lhe foi oferecido). Foi também irmão de Ana Teresa de Sousa Aranha, que foi casada com seu primo Manuel Carlos Aranha, Barão de Anhumas, não tendo se tornado baronesa consorte de Anhumas, por ter falecido antes da concessão do título, tendo sido a baronesa a segunda esposa, Blandina Augusta de Queirós Aranha Também foi sua irmã, Libânia de Sousa Aranha, que foi casada com seu primo Joaquim Policarpo Aranha, barão de Itapura. Casou-se em primeiras núpcias, em 30 de novembro de 1842, com Ana Francisca de Pontes (viúva do capitão Antônio José da Silva), nascida em Campinas, em 1822 onde faleceu em 16 de agosto de 1875, sendo filha de José Pereira de Pontes e Cecília Barbosa de Almeida. Casou-se em segundas núpcias, em São Paulo, em 19 de fevereiro de 1876, com Maria Hipólita dos Santos Silva, nascida em 2 de janeiro de 1824 e falecida em 19 de outubro de 1894, viúva de Amador Rodrigues de Lacerda Jordão, barão de São João do Rio Claro, e filha de José Joaquim dos Santos Silva, barão de Itapetininga. Faleceu o Marquês de Três Rios a 19 de maio de 1893, em São Paulo, sendo sepultado no Cemitério do S.S. Sacramento. A Marquesa pouco tempo sobreviveu ao marido, pois, também faleceu na Capital do Estado, sendo sepultada no Cemitério da Consolação, não deixando geração. Deixou o Marquês uma das maiores fortunas de São Paulo em seu tempo.

FORMIDÁVEL PAR DE CASSOLETTES EM BRONZE DOURADO ESTILO LOUIS XV. A TAMPA ROSQUEÁQUEAVEL TEM APTIDÃO DUPLA FUNCIONANDO COMO ARREMATE DAS ANFORAS DE UM LADO (FUNÇÃO DECORATIVA) E CASTIÇAL QUANDO INVERTIDA. MANUFATURA MAGNIFICA, COM EXCEPCIONAL QUALIDADE NA EXECUÇÃO! TRATAM-SE DE ELEMENTOS DECORATIVOS SUNTUOSOS E REQUINTADOS. FRANÇA, SEC. XIX. 22 CM DE ALTURANOTA: CASSOLETTES são elementos comumente referidos como perfumadores de ambiente onde são queimados óleos e essências aromáticas. São vasos de pouca altura usados para exalar chamas ou perfumes.

BARNARD PERÍODO GEORGINANO – EDWARD BARNARD AND SONS – PRATEIROS DA RAINHA VICTORIA PERIODO WILLIAN IV. SUNTUOSO TINTEIRO GEOGIANO EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA PARA 1830. MARCAS DO IMPORTANTE PRATEIRO REAL EDWARD BARNARD AND SONS, CRIADOR DA FAMOSA FONTE LILLY ENCOMENDADA PELA RAINHA VICTORIA EM 1840 PARA SER UTILIZADA NOS BATIZADOS DA FAMÍLIA REAL BRITÂNICA ATÉ OS DIAS DE HOJE. ESSE FORMIDÁVEL TINTEIRO DUPLO PARA ESTAÇÃO DE TRABALHO É COMPOSTO LATERALMENTE POR DOIS FRASCOS EM CRISTAL FINAMENTE LAPIDADOS GUARNECIDOS TAMBÉM EM PRATA DE LEI. AO CENTRO RECIPIENTE SOBRE O QUAL ESTÁ ACOPLADO UMA PALMATÓRIA PORTÁTIL COM ALÇA PARA SER CONDUZIDA E APAGADOR PRESO A ELA POR UMA CORRENTE. DOIS DEPÓSITOS PARA PENAS. ELEVADO SOBRE QUATRO PÉS. DECORADO COM VOLUTAS E ROCAILLES RELEVADAS. PEÇA MAGNIFICA! INGLATERRA, 1830. 865 G (SEM CONSIDERAR O PESO DOS FRASCOS DE CRISTAL). 28 CM DE COMPRIMENTO.

AUBUSSON – MAGNÍFICA TAPEÇARIA DE AUBUSSON DECORADA COM CENAS DE LAGO COM CENA BUCOLICA REPRESENTANDO FLORESTA COM CASAL VESTIDO A MANEIRA RENASCENTISTA. O CAVALEIRO DESMONTA DE SEU CAVALO ENQUANTO A DAMA AINDA ESTA MONTADA NO SEU PRÓPRIO ANIMAL. JUNTO A ELES UMA BELA FIGURA DE CÃO.MUITO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO. FRANÇA, SEC. XVIII. 175 X 168 CM . MARCAS DO TEMPO. NOTA: A atividade tapeceira surgiu na França por volta do século XIV, porém até então nenhuma peça havia conquistado tanto reconhecimento a ponto de transpor o passar dos anos. Em 1608 Pierre Dupont iniciou a confecção de tapetes em uma oficina ligada ao palácio do Louvre em Paris. No ano de 1623 o mesmo já dominava a técnica oriental da produção de tapetes a base de lã e seda. Então com a ajuda de um sócio, expandiu a produção para um prédio onde antes funcionava uma fábrica de sabão, por isso os tapetes confeccionados ali ficaram conhecidos como Savonnerie. Os tapetes Savonnerie eram tecidos com os mais altos padrões técnicos, e passaram a ser muito requisitados para o Louvre, e ambientes luxuosos como o Palácio de Versalles.Outro centro de atividade tapeceira na França foi Aubusson, localizada a 200 quilômetros de Paris, os tapetes confeccionados nessa região levam o nome da cidade e suas principais características são os tons pastel, temas florais e medalhões característicos da Renascença Francesa do século XIV. Os desenhos e cores dos tapetes Aubusson eram muito semelhantes aos savonnerie, porém produzidos em tamanhos menores e por não terem nós, eram mais baratos e rápidos de fazer, assim o preço ficava acessível para um número maior de pessoas. O período de maior produção foi entre 1650-1789.

JAEGER LE COULTRE LUXUOSO E RARO MODELO FASES DA LUA, CALENDÁRIO DO MÊS E HORARIO MOVIMENTO, ACIONADO POR MOLA, ESCAPAMENTO DE ALAVANCA, CORDA AUTOMÁTICA POR DIFERENÇA DE TEMPERATURA, PÊNDULO DE TORÇÃO, ÍNDICE PARA A FASE DO MÊS E DA LUA, ANÉIS DE MOSTRADOR EM LACA, PONTEIROS DE RELÓGIO AZULADOS, CAIXA DE RELÓGIO DE LATÃO COM 5 LADOS ENVIDRAÇADOS. DOTADO DE NÍVEL DE PRECISÃO. SUÍÇA, 22,5 CM DE ALTURA

MESTRE DE ANGRA SENHOR DA PACIÊNCIA OU DA PEDRA FRIA LINDA IMAGEM EM TERRACOTA POLICROMADA REPRESENTANDO SENHOR DA PEDRA FRIA. O CRISTO APRESENTA-SE SENTADO SOBRE UMA PILASTRA. LINDOS CABELOS DISPOSTOS EM GRANDES MECHAS CAINDO-LHE SOBRE OS OMBROS. O ROSTO É INCRIVELMENTE BONITO E EXPRESSIVO. A BARBA BIPARTIDA SE UNE AO BIGODE BEM DELINEADO. CORPO COM CHAGAS PUNGENTES. TORAX DEFINIDO E VEIAS ACENTUADAS NOS BRAÇOS. TRONCO COM COSTELAS APARENTES. BRAÇOS FORTES COM MÃOS ATADAS POR CORDA VOLTADAS PARA FRENTE REPOUSAM SOBRE O COLO. PERNAS E COXAS BEM TORNEADAS. O PERISONIO CAI SOBRE A COLUNA. A ICONOGRAFIA DO SENHOR DA PEDRA FRIA É UMA DAS IMAGENS DA PAIXÃO. REPRESENTA CRISTO SENTADO SOBRE UMA PEDRA JUNTO A COLUNA DA FLAGELAÇÃO. NOTA-SE NO PEITO DO CRISTO O MESMO TRATAMENTO DAQUELE ENCONTRADO NO CRISTO SERÁFICO JUNTO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS, OBRA DO ARTISTA PERTENCENTE AO ACERVO DO MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO (VIDE IMAGEM NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE). TODAS ESSAS CARACTERÍSTICAS REMETEM A AUTORIA DO MESTRE DE ANGRA E FAZEM DESSA IMAGEM UMA PEÇA FORMIDÁVEL DIGNA DE MUSEU! BRASIL, FINAL DO SEC. XVII. 40 CM DE ALTURA.NOTA: O cronista e historiador da arte sacra brasileira, dom Clemente Maria da Silva-Nigra (1903-1986) em conferência realizada no ano de 1961 em São Paulo1 , fez uma avaliação concisa das atuações dos artistas religiosos no fornecimento de imagens para igrejas e casas monásticas. Conforme o relato de Silva-Nigra, no período de 1650 a 1680, um artista anônimo de Angra dos Reis (não se sabe ao certo se era um frei franciscano, irmão leigo ou cidadão comum) foi contratado para fazer dezenas de imagens sacras com o objetivo de colocá-las nas diversas igrejas e conventos daquela congregação, situados no Rio de Janeiro e São Paulo. Dom Clemente denomina-o Mestre de Angra. Afirma ele que, estas imagens, todas de barro cozido, são comprovadamente de origem franciscana e foram encontradas em ermidas no Rio de Janeiro, São Sebastião, Itanhaém e São Paulo. Esculturas idealizadas há mais de 300 anos. O Mestre de Angra dos Reis, talvez discípulo do arquiteto e escultor frei Francisco dos Santos, integra o patrimônio histórico dos conventos entre a costa norte do Estado do Rio de Janeiro ao sul do litoral paulista, findando-se nos bustos relicários remanescentes da cidade de São Paulo. Em realidade, a única biografia que nos deixou está moldada no barro das imagens e seus caminhos percorridos entre a costa e o planalto Sudeste do Brasil. Seu percurso coincide com as fundações dos primeiros pousos franciscanos dessa região, definindo os rumos trilhados por um dos maiores e mais enigmáticos escultores do passado colonial brasileiro: merece também atenção, o fato de que Silva-Nigra chamou de Mestre de Angra ao grande escultor- -ceramista anônimo que produziu esculturas muito semelhantes, à primeira vista, às do frei Agostinho da Piedade, cujas obras datam de 1635-1642, feitas todas no convento de São Bernardino de Angra dos Reis4 . Trata-se de um artista com citações pontuais em alguns livros de arte sacra. arte desse obscuro religioso nos remete a tons goticizantes, renascentes, arcaicos, severos, personificando o atavismo e simplicidade característica dessa corrente religiosa. Os rostos receberam maiores atenções no acabamento, retratando fisionomias do povo ibérico. Os santos atribuídos ao mestre indicam uma formação com referências eruditas portuguesas. Em face da raridade de documentações nos arquivos das igrejas e ausência de assinaturas nas peças, até os dias atuais não foi possível o reconhecimento do nome desse santeiro, suas oficinas e olarias. A significativa quantidade de vultos em barro e a fragilidade no transporte apontam para uma produção em território americano, uma vez que a tradição lusa dos séculos XVI XVII direcionam a escultura para pedra e madeira. Podemos averiguar um referencial peninsular em sua lavra; talvez um oficial trabalhando sob encomenda para a Ordem de São Francisco no Sudeste brasileiro. Embora a maioria das esculturas fosse elaborada em barro vermelho, encontramos outras em tonalidade alva (tabatinga), sugerindo um deslocamento do artista em diferentes locais, conforme necessidades de peças para altares. Esses santos e bustos relicários aproximam-se de similares seiscentistas existentes no Colégio de Angra, em Angra do Heroísmo, Portugal. Em 1999, durante os trabalhos de restauração da igreja matriz de São Sebastião foram escavados importantes testemunhos arqueológicos que direcionam as pesquisas para a produção do Mestre de Angra, artista com profícua atuação nesse perímetro histórico. Em um nicho vedado por volta de 1920 com pedras e tijolos atrás da capela-mor, operários encontraram seis fragmentos de imagens em barro vermelho: Nossa Senhora com o Menino Jesus, Santa Luzia datada e assinada (1652 Ã), Santo Bispo e a imagem-relicário de Santo Antônio, além de fragmentos em madeira de um Cristo Crucificado e São Sebastião. A relevância dessa descoberta foi anunciada como um grande achado arqueológico da época colonial brasileira. Especialmente as quatro primeiras imagens citadas foram analisadas quando estavam em processo de restauração no ateliê de Júlio Moraes em São Paulo (2011) sendo constatados os estilemas característicos das obras do escultor. As peças estão relacionadas à primitiva igreja erguida no século XVII. Provavelmente, o advento de um incêndio ocorrido nos altares da matriz no começo do século XX ocasionou a fragmentação de imagens que acabaram, por final, emparedadas. Os ícones pertencem ao acervo histórico da cidade encontrando-se abrigados no Museu de Arte Sacra Municipal. Seguindo para litoral sul do Estado de São Paulo, o convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém (Fig. 1) foi entregue aos franciscanos em 01 de julho de 1654, ampliando-se o claustro e dependências, atualmente em ruínas devido um incêndio no século XIX. O conjunto de imagens remanescentes desse secular local liga-se em forma e estilo as celebradas obras reconhecidas ao Mestre de Angra. Analisando os detalhes característicos do artista explanados anteriormente, podemos atribuir sua marca pessoal nas esculturas de São Francisco das Chagas e Santo Antônio conservados nos altares laterais e fisicamente idênticos aos existentes no Convento do Amparo em São Sebastião, SP. Os detalhes de rostos, cabelos, orelhas, mãos e vestimentas apresentam estilizações coerentes aos padrões desenvolvidos pelo artista. De acordo com uma antiga lenda do povo itanhaense, em época remota, algumas imagens foram enterradas atrás da Igreja Matriz de Santana, talvez visando protegê-las contra saques e/ou desgastadas, perderam a função religiosa. Seguindo essa informação de infância, o artista popular Emygdio Emiliano de Souza (1867-1949), amigo de Volpi (1896-1988) e discípulo do pintor e historiador Benedito Calixto de Jesus (1853-1927) relatou os fatos para frei Venâncio Both (1941), então pároco da cidade. Baseado nesse indício, o religioso iniciou escavações desenterrando quatro santos franciscanos que se tornaram um dos mais importantes achados arqueológicos do litoral brasileiro naquela época: as imagens em terracota vermelha de São Francisco de Assis, Santa Clara, Santa Isabel e São Domingos, trabalhos posteriormente atribuídos por Silva-Nigra ao Mestre de Angra. Podemos constatar a presença do recorte em retângulo característico do artista nas costas dessas esculturas, proporcionando leveza e resistência no cozimento, além dos tradicionais padrões de rostos orientalizados, mãos, orelhas, cabelos e vestes. Ao averiguarem, as imagens encaixavam-se perfeitamente nos nichos de pedra ainda existentes nas ruínas do convento, esculturas provavelmente entronizadas pelos frades quando se instalaram no morro da ermida, coincidindo à época da construção do claustro. Completa esse conjunto uma Conceição e um Ecce Homo expostos nos altares da igreja matriz daquele município. Os santos franciscanos encomendados para os conventos nos arredores da cidade de São Paulo finalizam a produção do Mestre de Angra, misterioso e fascinante artista do rico panorama sacro brasileiro, escultor revelado por meio de sua herança material. Porém, algumas inquietações, segredos e contradições ainda persistem: um escultor pioneiro sem obra e um discípulo anônimo com vasta produção. Quem foi o ceramista de Angra dos Reis? Um seguidor de frei Francisco dos Santos ou o próprio religioso e sua imaginária não identificada? A anotação (1652 Ã) na face oposta da imagem de Santa Luzia (do museu sacro de São Sebastião) atribuído ao Mestre de Angra é uma assinatura estilizada de frei Santos? Mestre/discípulo são a mesma pessoa ou uma oficina coletiva? Obras e personagens se convergem numa linha tênue, sutil. Talvez no futuro encontremos novas respostas (RAFAEL SCHUNK, O MESTRE DE ANGRA DOS REIS SEC. XVII)

SÉRGIO RODRIGUES – Importante bar revestido em jacarandá desenhado para OCA. Um dos ícones da produção de Sérgio Rodrigues! Em ótimo estado de conservação. Brasil, dec. 60 . 70 80 60 cmNOTA: Em 1956 Sergio Rodrigues fundou ‘OCA Industries’ em Ipanema, Rio de Janeiro. Uma marca que por duas décadas foi a marca registrada do mobiliário brasileiro moderno. O arquiteto Rodrigues abraçou materiais tradicionais como couro, eucalipto e madeira da árvore jacarandá.A proximidade de suas criações aos ícones do Brasil foi o fator que levou o júri do IV Concorso Internationale Del Mobile na Itália em 1961 a atribuir o primeiro lugar à sua Mole Chair e MOMA em Nova York para adicionar a peça à sua Coleção Permanente. Entre os projetos de Rodrigues, destacam-se a Embaixada do Brasil em Roma, a Universidade de Brasília, o Palácio Des Arcos, o Teatro Nacional de Brasília e a sede da Editora Bloch no Rio. Apaixonado pelo desenho e pela arte em madeira desde garoto, o mundialmente consagrado Sérgio Rodrigues (1927-2014), precursor do design brasileiro, fez história. Revolucionou a estética no País nos anos 1960, com seu estilo original de formas torneadas e generosas, representativo da cultura brasileira. Com esse conceito, a poltrona Mole, criada em 1957 e ainda hoje inovadora, é uma das mais importantes obras do século 20, responsável por projetar o Brasil no cenário mundial de design. O designer carioca projetou várias outras peças que se tornaram ícones, como o banco Mocho (1954), sua primeira criação, que ganhou uma nova reedição comemorativa em série limitada em 2014, e as poltronas Oscar (1956), Kilin (1973) e Diz (2003), entre tantas outras. Ao falar sobre o seu trabalho, ele costumava dizer que o móvel não é só a figura, a peça, não é só o material de que esta peça é composta, e sim alguma coisa que tem dentro dela. É o espírito da peça. É o espírito brasileiro. É o móvel brasileiro. Entre suas iniciativas de destaque, está a fundação, na década de 1950, da Oca, misto de loja, galeria e laboratório de ideias em Ipanema, e da Meia Pataca, em 1963. Sergio Rodrigues foi também colaborador dos mais importantes arquitetos brasileiros e prestou consultoria, no Brasil e no exterior, em projetos de interiores. http://dpot.com.br/sergio-rodrigues.html

GRANDE ESCULTURA EM PRATA DE LEI REPRESENTANDOCÃO DA RAÇA GALDO USANDO COLEIRA. EXCEPCIONAL QUALIDADE DE EXECUÇÃO! EUROPA,INICIO DO SEC. XX. 30 X 35 CM. 1340 G

SUNTUOSO CENTRO DE MESA CANDELABRO EM PORCELANA PROVAVELMENTE DA MANUFATURA DE SEVRES. ENVOLVIDO POR RICA GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU. PORCELANA COM FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO COM RESERVAS CONTENDO RICOS ARRANJOS FLORAIS EM ESMALTES MANUAIS. ARREMATES EM OURO. GUARNECIDO POR ESTRUTURA EM BRONZE ORMOLU FORMANDO RAMAGENS COM FLORES E SEIS CASTIÇAIS SIMULANDO FLORES. BORDAS EM BRONZE SIMULANDO PARRAS E CACHOS DE UVA. ELEVADO SOBRE BASE TAMBEM EM BRONZE. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. PEÇA RIQUISSIMA, PALACIANA! FRANÇA, SEC. XIX. 64 CM DE LARGURA POR 51 CM DE ALTURA.

GALLÉ CAMEO GLASS GRANDE E BELO FLOREIRO EM CAMEO GLASS DECORADO COM CENAS LACUSTRES DE ENTARDECER E FRONDOSAS ÁRVORES A SUA VOLTA. O FUNDO É NA TONALIDADE SALMÃO DEGRADE. IMPECAVEL ESTADO DE CONSERVAÇÃO. FRANÇA, CIRCA DE 1880. 20,5 CM DE ALTURA.NOTA: ÉMILE GALLÉ – ( Nancy , 08 de maio de 1846 – Nancy , 23 de setembro de 1904) foi um artista francês que trabalhava no vidro, e é considerado um dos principais expoentes do movimento Art Nouveau. Seus primeiros trabalhos foram executados usando vidro transparente decorado com esmalte, mas ele logo criou um estilo original que se caracterizava por um vidro pesado, opaco , esculpido ou gravado com motivos vegetais, muitas vezes em duas ou mais cores como Cameo Glass . Sua carreira decolou depois que sua obra recebeu elogios na Exposição de Paris de 1878 . Dentro de uma década de outra exibição bem sucedida na Exposição de Paris de 1889 , Gallé tinha alcançado fama internacional e seu estilo, com sua ênfase no naturalismo e motivos florais, estava na vanguarda do movimento Art Nouveau emergente. O que é menos conhecido é o engajamento social de Gallé. Ele era um humanista convicto, e esteve envolvido na organização de escolas noturnas para a classe trabalhadora (l ‘ Université populaire de Nancy ). Ele foi tesoureiro da filial Nancy da Liga dos Direitos Humanos da França e, em 1898, com grande risco para o seu negócio, um dos primeiros a envolver-se ativamente na defesa de Alfred Dreyfus (um capitão do exército francês de origem judaica. Injustamente acusado e condenado por traição – depois anistiado e reabilitado – foi o centro de um famoso episódio de conotações sociais e políticas, durante a Terceira República Francesa, e que ficou conhecido como o caso Dreyfus). .Ele também defendeu publicamente os judeus romenos e falou em defesa dos católicos irlandeses contra a Grã-Bretanha, apoiando William O’Brien , um dos líderes da revolta irlandesa. Em 1901, juntamente com Victor Prouvé ,Louis Majorelle , Antonin Daum e Eugene Vallin , fundou um movimento Art Nouveau conhecida como École de Nancy (A Escola Nancy). Muitas das obras Gallé são mantidos no Musée de l’École de Nancy .

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Informações sobre o leilão

EXPOSIÇÃO

De 21 a 27 de novembro de 2021

LEILÃO

Dias 29, 30 de Novembro,  1 e 2 de Dezembro de 2021

Segunda, Terça, Quarta e Quinta-Feira às 20h

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LEILOEIRO

Marcelo Bridi – JUCESP Nº 986

LOCAL

Em nossas instalações à Rua Barreto Leme 1789, Bairro Cambui, Campinas, SP

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